quarta-feira, setembro 28, 2005

Brincando de Dada (de dadaismo para mim mesmo)

Telhacalhachuvaventocaratempobolhachatoteclavento
caraventochatoemboracacovento
vendoleiocomprolivroterrapédorsangue
esferacordentrofolha
calhachuvatoquelábiolíbidosurfeassaduracamiseta
furoforaparadentrocarapulalogoembroacaiaduroparamorte
brevevidaboralogo

quinta-feira, setembro 15, 2005

Surfista de Areia - bunda relada e algumas queimaduras nas costas...

Pra que mesmo um titulo taum ridiulo desse?!
Acho que to na fase artística que pra num dizer coisa mt ruim, inventa uma e da uma desculpa estéstica qualquer!
Juro que vou postar algo que preste!

sábado, setembro 03, 2005

A não-poesia

Pois é...
isso é não-poesia!
o sem-saco-de-escrever-sobre-merdas-que-nos-fazem-setir-algo-que-não-seja-o-cheiro-de-merda!

sexta-feira, setembro 02, 2005

“Quando eu bebia eu era feliz. Hoje, como não bebo mais, sou infeliz”

Trecho de um capítulo de um futuro livro... O texto ainda vai ser editado junto com outros sobre outros lugares. Espero q meu professor num saiba q to publicando antes do tempo, mas só um trechinho! Num eh nem a melhor parte!


Deveriam ser umas nove e trinta da manhã, num corredor estreito e extremidades distantes dentro no Hospitaldo Ereolino. Éramos três: eu, Liana Paiva e prof. Paulo Fernando durante a primeira visita do grupo ao hospício, haviam outros, mas apenas nós três pudemos comparecer.
Seguíamos a procura no nosso contato dentro do hospital, uma certa drª. Alzira com quem o Paula já havia conversado previamente sobre nosso interesse no Areolino. Ela estava em alguma das salas enfileiradas pelas paredes do corredor. Enquanto os passos cortavam a ansiedade, soltávamos por vezes piadas sobre ser confundido com algum paciente e assim ficar por lá.


- Já vim preparado vestido de branco pra não ser confundido! – brinca o professor, enquanto a Liana apenas retruca com uma voz inquieta, havia uma nota de medo nela só ao imaginar no que ia ver lá dentro.

Não sabíamos ao certo no que haveríamos de se deparar por entre aqueles muros até então alheios ao conhecimento. Apenas sabíamos que nas semanas seguintes teríamos que manter visitas ao hospital, daí ouvir as histórias de vida de diversos personagens para então desenharmos sobre o papel todo conhecimento que fora nos dado durante a disciplina. Mas o tema central seria algo dentro da terapia ocupacional.

Mas teríamos em mãos algo mais inesperado.

Encontramos a médica, nos apresentamos e fomos logo levados ao fim do corredor e para as entranhas do hospital. Segundo Alzira seríamos levados a uma casa, anexa ao hospital, que entes fora uma ala destinada aos dependentes químicos, mas que agora dera espaço para um projeto novo na psiquiatria brasileira. Lá conviviam pacientes que não seguiam as regras normais no hospício, eles uma maior liberdade, e futuramente iriam ingressar na sociedade. Era uma “residência terapêutica”.

Minha atenção era dupla, não eram apenas suas explicações que eu detinha minha atenção, mas todo ambiente a que inseria e deixava passar na medida que os passos eram guiadas. Observava o estranho ambiente em volta, um muro que se estendia pela nossa passarela, separando-nos de um pátio por onde pingos de cabeças raspadas se via, mais a frente uma grade de acesso, ao lado uma cabine e uma fila de fardamos. – Remédios?! – questiono. A visão mais me parecia uma analogia a cenas de filmes como Estranho mo Ninho, mas numa concepção mais tosca.

Os outros continuam a conversar e se questionarem mutuamente para esclarecer dúvidas. Mantenho-me calado, não por um estranhamento, mas uma curiosidade que prefiro alimentar por outros sentidos que não seja minha fala. O percurso até nosso destino não dura muito tempo, alguns breves segundo e já estamos frente a uma porta de ferro com uma abertura na altura de nossas cabeças.

A médica toca a campainha. Uma enfermeira do plantão ia nos recepcionar e enfim conheceríamos nossas possíveis fontes, e teríamos noções de como levar adiante as outras visitas.

De forma tímida adentramos na casa, pela primeira a vista, no fim de nossa visão, um discreto pátio interno com alguns vasos de plantas fixados na parede ou pendurados no teto. Alguns passos a frente, no fim do corredor de entrada, uma mesa à esquerda, na parede uma grade com detalhe de flores coloridas por onde se vê a cozinha.

Alguns pacientes já se apresentam, a médica vai falando da decoração artesanal dos próprios residentes, o mural onde o jornal produzidos por eles está dependurado. Um paciente me toma a atenção e fala algumas frases soltas e aponta pro papel. Ele me cita sua frase:

- Quando eu bebia eu era feliz. Hoje, como não bebo mais, sou infeliz.